As mudanças na economia nos últimos anos – e, mais recentemente, as decorrentes da pandemia de coronavírus – afetaram a vida financeira de muitos brasileiros. Sucessivos cortes na taxa básica de juros (Selic) obrigaram os investidores a procurar alternativas mais rentáveis do que a velha e bem conhecida renda fixa.
O problema é que nessa busca muitos não conseguem distinguir o joio do trigo e acabam se tornando vítimas de golpes financeiros.
No ano passado, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – órgão regulador do mercado financeiro no Brasil – abriu 324 processos envolvendo o que chama de “mercado marginal”, oferta irregular de investimentos feita por pessoas físicas ou jurídicas não registradas na autarquia. Neste início de ano, foram mais 43 processos pela mesma razão.
O número de fraudes é crescente, seja pela facilidade de divulgação na internet ou pela vontade da população de poupar, investir e conquistar a independência financeira. O desejo de ganhar dinheiro somado à falta de conhecimento deixa as pessoas vulneráveis.
“A ganância faz a pessoa cair na fraude. Não existe maneira de ganhar dinheiro rápido, sem fazer nada. Só se for herança ou Mega Sena”
Ressalto que os golpistas aproveitam o aumento da exposição digital para oferecer investimentos fraudulentos, como pirâmides financeiras e atuação irregular na gestão de recursos.
De acordo com os dados da pesquisa “Fraudes em Investimentos no Brasil”, conduzida pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em 2019, mais de um em cada dez brasileiros já perdeu dinheiro em investimentos fraudulentos, principalmente em esquemas de pirâmide (55%). Dessas pessoas, 62% ainda não haviam recuperado o dinheiro.
O motivo é quase sempre o mesmo: a busca de altas taxas de rendimento.
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