Com base em documentos, ele escreveu um livro comprovando que a Igreja Católica obteve lucro com esse abominável comércio, e o Brasil, como é notório, foi um dos principais pontos de chegada dos navios negreiros.
Os jesuítas tinham ou financiam navios negreiros que transportavam a valiosa mercadoria do Congo, Luanda e São Tomé para o Brasil. Aqui, os escravizados eram vendidos para fazendeiros e parte deles ia para as plantações de padres.
Os jesuítas tinham ou financiam navios negreiros que transportavam a valiosa mercadoria do Congo, Luanda e São Tomé para o Brasil. Aqui, os escravizados eram vendidos para fazendeiros e parte deles ia para as plantações de padres.
O livro de 590 páginas de Onyemechi chama-se The Popes, the Catholic Church and the Transatlantic Enslavement of Black Africans 1418-1839, sem previsão de tradução para o português.
De uma montanha de documentos com fatos, nomes e datas, Onyemechi descobriu que “os papas abusaram de um trecho da Bíblia para lucrar com o comércio de escravos”.
De uma montanha de documentos com fatos, nomes e datas, Onyemechi descobriu que “os papas abusaram de um trecho da Bíblia para lucrar com o comércio de escravos”.
A Igreja se fundamentou no capítulo 9 do Gênesis, onde está a revelação de que Noé, depois do dilúvio, amaldiçoou o caçula dos seus três filhos, Cam, porque que viu o pai pelado e riu.
A descendência do “amaldiçoado” Cam, que povoou a região onde hoje é a África, foi condenada a ser “serva” da linhagem dos outros dois filhos de Noé — Sem e Jafé. Até hoje, no Brasil, há devotos dessa versão.
A descendência do “amaldiçoado” Cam, que povoou a região onde hoje é a África, foi condenada a ser “serva” da linhagem dos outros dois filhos de Noé — Sem e Jafé. Até hoje, no Brasil, há devotos dessa versão.
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