domingo, 17 de setembro de 2023

Governadora de Santa Catarina evita condenar o nazismo

 Ao tomar posse interinamente, Daniela Reinehr não quis responder se concorda com ideias nazistas e negacionistas do Holocausto defendidas pelo pai. Professor de história, Altair Reinehr relativizou o nazismo em textos.

A governadora interina de Santa Catarina, Daniela Reinehr (sem partido), se esquivou de responder se compactua ou não com pensamentos neonazistas e negacionistas do Holocausto.

Ela foi questionada sobre o tema por jornalistas durante sua primeira coletiva de imprensa como chefe de governo estadual, após tomar posse nesta terça-feira (27/10) – Reinehr assumiu o cargo temporariamente após o afastamento do governador Carlos Moisés (PSL), que é alvo de um processo de impeachment.

A pergunta não foi à toa. O pai dela, o professor de história Altair Reinehr, é conhecido por defender ideias neonazistas e por negar o genocídio de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Seus pensamentos foram expostos em textos em que ele relativiza o nazismo e teriam sido propagandeados até mesmo em sala de aula.

Junto a um desses artigos, Altair publicou uma foto dele em frente à casa onde nasceu Adolf Hitler, em Braunau am Inn, na Áustria. No texto, ele se queixa de que, na Alemanha, "é proibido falar bem de Hitler" e "lembrar obras reconhecidamente positivas".  

"Nas escolas dos países europeus, não se ensina a conhecer o governo de Hitler, nem o que era o nacional-socialismo, mas ensina-se a odiar ambos. E tudo isso em nome da democracia, da verdade e da 'liberdade de expressão'", reclama o professor.

No mesmo texto, ele exalta supostas realizações positivas do ditador nazista e reclama por a "história oficial" considerá-lo o causador da Segunda Guerra, "o que cada vez mais está sendo questionado por historiadores de renome de diferentes países".

O pai da governadora também testemunhou a favor de Siegfried Ellwanger Castan (1928-2010), proprietário da editora Revisão, conhecida por publicar livros negacionistas do Holocausto e literatura antissemita. Castan foi condenado por racismo pelo Supremo Tribunal Federal em 2000. 

Durante a coletiva de imprensa nesta terça-feira, a filha Daniela foi surpreendida com a pergunta do jornalista Fábio Bispo, do Intercept Brasil, sobre as ideias defendidas por seu pai. 

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