Edir Macedo e os PMs do Brasil

 

O plano do Edir Macedo para os PMs do Brasil

Olá, Veja essa foto abaixo e veja o que você acha:

Parece o início de uma operação policial de larga escala. Ou talvez apenas o estacionamento de uma delegacia, certo? Errado. Trata-se de um encontro de policiais militares, durante o expediente de trabalho, em um dos templos da Igreja Universal em São Paulo. A próxima pergunta que te faço é: isso te traz mais segurança? Saber que a Universal realiza eventos em todos os estados do Brasil para doutrinar as forças policiais faz com que você se sinta mais seguro saindo de casa? Ou te preocupa mais?

O que temos ouvido de especialistas e nossos leitores é que estão preocupadíssimos.  Um levantamento feito pelo Intercept com base em posts públicos em redes sociais constatou que o programa, de sigla UFP, realizou encontros, cafés da manhã, orações, bênçãos e esteve presente em eventos de PMs, bombeiros, de agentes da Polícia Federal e até do Exército e da Aeronáutica em 24 estados do país – isso, só neste ano. A reportagem revela como altos membros da Igreja Universal têm se aproximado de autoridades policiais, promovendo uma doutrinação religiosa dentro das instituições de segurança pública. Essa investigação é assinada por mim e pelo repórter Gilberto Nascimento. Como você sabe, poucas semanas atrás nós dois fomos chamados para depor na Polícia Civil em uma investigação aberta pela Igreja Universal que busca descobrir uma de nossas fontes – após uma reportagem que revelou um possível esquema de lavagem de dinheiro bilionário da instituição e da rede de empresas do Edir Macedo. Para nós, a investigação é uma tática de intimidação. Mas a reportagem que publicamos esta semana é mais uma prova de que nosso jornalismo investigativo e sem medo não vai parar. Não temos medo de investigar, questionar e apontar o dedo para duas das instituições mais poderosas desse país: a Igreja Universal e a Polícia Militar. Em qualquer veículo da imprensa tradicional, dois jornalistas que foram convocados a depor parariam imediatamente de investigar casos ligados ao autor de um processo. Mas não é isso que acontece aqui: nós apuramos, checamos, confirmamos e temos confiança no que fazemos. Nenhum esforço dessas instituições impedirá que publiquemos os fatos que os poderosos querem esconder e consideramos de interesse público. Nossos jornalistas investigativos têm dedicado todo tempo e recursos para trazer à luz questões delicadas e pouco exploradas pela grande imprensa. Esse tipo de investigação só é possível graças ao apoio de pessoas engajadas em defender a liberdade de imprensa e garantir que informações bombásticas sejam divulgadas – sem medo, sem amarras. Queremos continuar nossas investigações sobre a Universal e suas finanças, sobre a Polícia Militar que mata pretos e pobres pelo Brasil, e sobre tudo que afeta diretamente a sua vida e nosso futuro. fonte  INTERCEPT